sábado, 17 de outubro de 2009

Jogos de Tabuleiro - III




Nesta postagem sobre jogos de tabuleiro, finalizo a apresentação dos jogos de perseguição envolvendo animais. O jogo abaixo é conhecido como "Jogo das vacas e dos leopardos" e seu traçado lembra muito o adugo, dos índios Bororos. Segundo apurei, este aqui tem origem no Sri Lanka:




Vamos às regras, que são um pouco diferentes das regras do adugo:
  •  O jogador 1 tem duas pedras na cor vermelha. Estas pedras são os leopardos. O jogador 2 tem 24 pedras na cor azul. Estas são as vacas;
  • O jogador 1 inicia a partida colocando um leopardo em qualquer casa do tabuleiro. Uma casa é a intersecção de duas ou mais linhas do traçado. O jogador 2 em seguida coloca uma vaca em qualquer casa do tabuleiro;
  • O jogador 1 agora coloca mais um leopardo em qualquer casa do tabuleiro, seguido do jogador 2 que colocará uma vaca também em qualquer casa que desejar;
  • As vacas e os leopardos podem se movimentar somente uma casa de cada vez seguindo as linhas do tabuleiro, em qualquer direção, desde que a casa de destino esteja vazia;
  • O jogador 1 inicia o movimento do leopardo, uma casa de cada vez. O jogador 2 continuará a posicionar uma vaca por jogada. Somente quando as 24 vacas estiverem no tabuleiro é que o jogador 2 poderá iniciar a movimentação das vacas, uma casa por jogada para a pedra (a vaca) que escolher movimentar;
  • Um leopardo pode eliminar uma vaca pulando sobre ela para uma casa vazia adjacente àquela em que a vaca se encontra. Geralmente os leopardos começam a eliminar as vacas antes que todas tenham sido colocadas sobre o tabuleiro. As vacas não eliminam os leopardos, elas devem tentar cercá-los, impedindo seu movimento;
  • Os leopardos ganham se eliminarem tantas vacas que as que sobrarem no tabuleiro não sejam mais suficientes para cercá-los, impedindo que se movimentem. Ganham as vacas se forem capazes de cercar totalmente os dois leopardos, impedindo que se movimentem.
Aí está: mais um tabuleiro para a coleção que está se formando. Bom divertimento!

TV preto-e-branco



São curiosas as situações que nos fazem lembrar de coisas que, na maioria das vezes, nos surpreendem quando decidem sair dos recantos adormecidos do passado e visitam de sopetão o nosso presente. Pois foi assim que aconteceu há algumas semanas atrás quando estive na casa de um grande amigo para comemorar seu aniversário.
Ele decidiu fazer uma agradável surpresa aos convidados colocando no tocador de DVD os episódios do "Speed Racer", aquele garoto prodígio das pistas de corrida e de outras superfícies, onde ninguém de bom senso jamais ousou colocar o próprio carro. Os episódios estavam com as dublagens originais mas o desenho era colorido.
Não entendeu o porquê do desenho ser colorido? É que, na primeira vez em que esse desenho foi exibido na TV brasileira (acho que na antiga rede Tupi, atual SBT), não havia televisores a cores, nem sequer transmissão a cores. Então, tudo o que víamos pela telinha era em preto-e-branco. Mas estamos tão acostumados com as cores da televisão atualmente que eu não me lembrava desse importante detalhe.
Mas um dos convidados lembrou e comentou com os demais. E ainda se lembrou de um acessório, restrito a algumas famílias mais abonadas da época, que consistia de um painel plástico com manchas coloridas distribuídas aleatoriamente e que era encaixado no vidro frontal dos televisores da época. Qual a finalidade desse painel plástico colorido? Mas é evidente: dar cor às imagens sempre acinzentadas que iluminavam os tubos catódicos de nossas antigas TVs.
Era verdadeiramente prazeiroso a um garoto de cinco anos poder enxergar seu personagem predileto ora amarelo, ora vermelho, ora azul, ora verde, ora com duas ou três tonalidades de cores ao mesmo tempo; tudo dependia da posição em que o personagem se encontrava na tela, já que as cores do painel plástico eram fixas, é claro.
O céu ficava amarelo, a geladeira vermelha, as árvores azuis, o cachorro verde, o apresentador do jornal vermelho e amarelo, uma coisa fantástica. Infelizmente meus pais não possuíam esse valioso acessório, então eu tinha que ir à casa de uma tia minha para poder usufruir de tal tecnologia. Como isso não era uma coisa frequente, cada oportunidade era um evento sem dúvida imperdível.
Bem pouco tempo depois as primeiras transmissões a cores começaram a funcionar no Brasil e o meu avô foi uma das primeiras pessoas a adquirir uma televisão a cores, da Philips, com fino acabamento externo em madeira. Um primor... e uma febre que atingia filhos e netos indistintamente. Naqueles tempos, tudo era mais difícil. Mas era deliciosamente melhor.

domingo, 4 de outubro de 2009

Quadrinhos - II

Após algum tempo matutando sobre uma nova história em quadrinhos do Vinagretson, eis que apresento o trabalho resultante, para começar o mês de Outubro com uma nova postagem.